ALLAN KARDEC

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

PRECE PARA VENCERMOS O IMPULSO DA COLÉRA


"Senhor, sabemos que o orgulho, o egoísmo e a vaidade, de que ainda somos portadores, nos impedem de amar e praticar a caridade para com o nosso próximo, e que, por isso, muitas vezes, somos coléricos com o nosso irmão.

Senhor, bebendo na fonte do Evangelho Restaurado - o Espiritismo - temos ciência de que somente vivenciando a brandura e a humildade do coração, aliadas à fé e à caridade, é que conseguiremos vencer em nós, o ódio, a animosidade e a cólera.

Senhor, que a Tua Bondade Infinita, permita que os Espíritos Protetores nos guiem com os seus conselhos e inspiração para que nós desenvolvamos as virtudes da doçura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, na vivência do nosso cotidiano.

E que assim, Senhor, protegidos pela Tua Misericórdia, que jamis demos vazão ao instinto da cólera, ferindo os nossos irmãos e a nós mesmos.

Senhor, que pela Tua Inesgotável Caridade, sejamos vencedores da impiedade da cólera, assim como Sois o Vencedor de todo mal!"

Assim Seja!


ANSELMO FERNANDO DOS SANTOS

ORAÇÃO DE BEZERRA DE MENEZES


"Senhor!

Os homens reúnem-se no mundo para pedir, reclamar, maldizer, legiões humanas devotadas à fé entregam-se para que as comandes; multidões sintonizam Contigo buscando servir-Te.
Permite-nos agora um espaço para a gratidão por estes dias de entendimento fraternal que vivemos na Casa que nos emprestastes para o planejamento das atividades evangélicas do futuro.
Como não estamos habituados a agradecer e louvar sem apresentar o rol das nossas súplicas permite-nos fazê-lo de forma diferente.
Quando quase todos pedem pelos infelizes, nós nos atreveremos a suplicar pelos infelicitadores; quando os corações suplicam em favor dos caídos, dos delinquentes, dos que se agridem, nós nos propomos a interferir em benefício dos que fomentam as quedas, os delitos e a violência; quando os pensamentos se voltam para interceder pelos esfaimados, os carentes, os desiludidos, nós nos encorajamos a formular nossas rogativas por aqueles que respondem por todos os erros que assolam a Terra, estabelecendo a miséria social, a falência moral e a derrocada nas rampas éticas do comportamento.
Não Te queremos pedir pelas vítimas de todos os matizes, senão pelos seus algozes, os que entenebreceram os sentimentos, a consciência e a conduta, comprazendo-se, quais chacais sobre os cadáveres dos vencidos.
Tu que és o nosso Pastor e prometestes apoio a todas as ovelhas, tem misericórdia deles, os irmãos que se cegaram a si mesmos e, ensandecidos, ateiam as labaredas do ódio na Terra e fomentam as desgraças que dominam o Mundo.
Tu podes fazê-lo, Senhor, e é por isto que, em Te agradecendo todas as dádivas da paz que fruímos, não nos podemos esquecer desses que ardem nas labaredas cruéis da ignorância, alucinados pelos desequilíbrios que os tornam profundamente desditosos.
Retira dos nossos sentimentos de amor a cota melhor e canaliza-a para os irmãos enlouquecidos na volúpia do prazer, que enregelaram o coração longe dos sentimentos de humanidade e que terão que despertar, um dia, sob o látego da consciência que a ninguém poupa.
Porque já passamos, em épocas remotas, por estes caminhos, é que Te suplicamos por eles, os irmãos mais infelizes que desconhecem a própria desdita.
Quanto a nós, ensina-nos a não fruir de felicidade enquanto haja na Terra e na Pátria do Cruzeiro os que choram, os que se debatem nos desvãos da perturbação, e, consciente ou inconscientemente, Te negam a sabedoria, o amor e a condução de ternura como Pastor de nossas vidas.
Quando os Teus discípulos, aqui reunidos, encerramos esta etapa, damo-nos as mãos, e, emocionados, repetimos como os mártires do passado: - Ave Cristo! Em Tuas mãos depositamos nossas vidas, para que delas faças os que Te aprouver, sem nos consultar o que queremos, porque só Tu sabes o que é melhor para nós."

Filhos da alma: que vos abençoe o Pai de Misericórdia e que Jesus permaneça conosco são os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra de Menezes

( Psicografia de Chico Xavier )

HINO À MORTE


Não seria inútil inserir nos textos destinados à juventude o que se poderia chamar de Hino à Morte:

"Ó Morte, ó majestade serena, tu de quem se faz um espantalho, não és para o pensador senão um instante de repouso, a transição entre dois atos do destino, enquanto um termina e o outro se prepara. Quando minha pobre alma, errante de tantos séculos pelos mundos, após tantas lutas, vicissitudes e decepções, após tantas ilusões extintas e esperanças adiadas, for repousar de novo em teu seio, é com alegria que ela saudará o despontar da vida fluídica.
É com entusiasmo que se elevará, do meio da poeira terrestre, aos espaços insondáveis, na direção dos que ela amou aqui e que a aguardam.
Para nós ela é a hora abençoada em que o corpo fatigado retorna à grande natureza para permitir a psique, sua prisioneira, uma livre passagem rumo à pátria eterna.
Essa pátria é a imensidão radiosa, semeada de sóis e de esferas. Perto deles como nossa pobre Terra pareceria mesquinha. O Infinito a envolve por todos os lados.
O Infinito na extensão e no tempo é o que nos aguarda, quer para a alma, quer para o Universo"

Léon Denis

Sabendo exatamente o que é a morte, Léon Denis se posiciona contra o cerimonial lúgrube que tanto contribui para difundir entre os homens o terror do fim.
Tendo sabido conhecer a morte, o espírita não saberia temê-la, porque:

"Ela é para ele a entrada numa forma de vida mais rica de impressões e de sensações.
Não ficamos privados das riquezas espirituais, porém enriquecidos de novos recursos, tanto mais extensos e mais variados como jamais a alma estaria preparada para usufruí-los.
A morte não nos priva sequer das coisas deste mundo.
Do seio dos espaços, seguiremos o progresso de nosso planeta, veremos as transformações operadas em sua superfície, assistiremos às novas descobertas, ao desenvolvimento social, político e religioso das nações. E, até a hora de novo retorno à carne, participaremos. fluidicamente, ajudando, com nossa influência, na medida das nossas forças e de nosso progresso, aos que trabalham em proveito de todos."

Léon Denis