ALLAN KARDEC

quinta-feira, 13 de março de 2014

O ESPIRITISMO É O EVANGELHO DA ETERNIDADE!!!


"Deve-se concluir que o futuro religioso da Humanidade esteja comprometido irrevogavelmente, e que o mundo inteiro deva soçobrar no materialismo como num oceano de lama?
Longe disso. O reinado da letra acaba, o do Espírito começa. A Verdadeira revelação se inaugura no mundo pela Vontade do Invisível. Jamais a morte completa envolve em treva o mundo. Sempre no firmamento cintila alguma estrela.
A alma humana, mergulha no infinito. Pela força das coisas há de o homem se aproximar de Deus.
A morte das igrejas, a decadência das religiões formalistas, não constituem sintoma de crepúsculo, mas, ao contrário, a aurora inicial de um astro que desponta.
Nesta hora de perturbação em que nos encontramos, grande combate se trava ente a luz e as caligens, como se sucede quando uma tempestade se forma sobre o vale; mas as culminâncias do pensamento continuam sempre imersas  no azul e na serenidade.
É de fato a Vida Eterna que ante nós se descerra ilimitada e radiosa!
Assim como no infinito milhares de mundos são arrebatados por seus sóis, rumo ao incomensurável, num giro harmonioso, ritmado qual dança antiga e nem astro nem terra alguma torna a passar jamais pelo mesmo ponto, as almas por seu turno, arrastadas pela atração magnética do invisível centro, prosseguem evolvendo no espaço, atraídas incessantemente por um Deus, de quem sempre se aproximam sem jamais alcançar.
Força é reconhecer que esta Doutrina é bem mais ampla que os dogmas exclusivos da igrejas agonizantes e que, se o futuro pertence a alguém ou alguma coisa, há de o ser indubitavelmente ao Espiritualismo Universal, a esse Evangelho da Eternidade e do Infinito!"

Léon Denis

( Texto extraído do livro "Cristianismo e Espiritismo", de Léon Denis )

A MISSÃO DA ALMA


"Através da espessa bruma em que flutua há tantos séculos o pensamento humano, o fenômeno espírita faz passar um grande facho de luz.
Não mais separação, não mais inferno eterno!
Todas as almas que se amam tornam a encontrar-se e subirem para a perfeição, para Deus o Supremo Alvo da Vida, de todas as nossas vidas.
Essa meta é a liberação pelo trabalho, pelo esforço, pelo estudo, pelo sofrimento, pela lenta educação da alma, a liberação do mal, do erro, da ignorância; é a arte de aprender a pensar por si mesmo, de julgar, de compreender todas as harmonias, todas as Leis do Universo. É a conquista da beleza, da liberdade, da bondade: a beleza da forma fluídica, do corpo etéreo que se transforma, ilumina expande, à medida que o Espírito se aclara, purifica e eleva; a beleza da alma que se enriquece de qualidades morais, de forças e de faculdades novas.
Assim, de ascensão em ascensão, de mundo em mundo a princípio, depois de sol em sol, no ciclo imenso de sua evolução, a alma vê aumentar seu poder de irradiação, sua luminosidade.
Pela elevação gradual de seus pensamentos e pela pureza de seus atos chega a pôr em harmonia suas própria vibrações com as vibrações do Pensamento Divino e daí lhe decorre uma fonte abundantíssima de sensações, de percepções, de gozos, que a palavra humana é impotente para descrever.
Tal a missão a desempenhar!
Mas isto não basta. Trabalhando para si mesma, corre-lhe o dever de trabalhar para os outros, para a elevação de todos, para a marcha progressiva das Humanidades, para a unificação dos pensamentos, das crenças, das aspirações. Orientando para um ideal grandioso de porvir, de progresso moral, de luz, na vida sempre renovada, pela qual todos os seres se encontram unidos numa íntima solidariedade, numa comunhão de verdade e de amor, o homem chegará a melhor conhecer, a melhor compreender, a melhor servir a Deus."

Léon Denis

( Texto extraído do livro "O Além e a Sobrevivência do Ser", de Léon Denis )

O ESPIRITISMO É A DOUTRINA DA ESPERANÇA


"Se a religiões agonizam, se  a fé vigilante morreu, se a ciência está impotente para fornecer ao homem o ideal necessário, para regulamentar sua marcha e melhorar as sociedades, ficaremos todos, então, sem esperança?
Não, porque um Doutrina de Paz, Fraternidade e Progresso se eleva sobre o mundo conturbado, vindo apaziguar os ódios selvagens, acalmar as paixões, ensinar a todos a Solidariedade, o Perdão e a Bondade.
Ela oferece à ciência esta síntese, aguardada, sem a qual tudo permaneceria para sempre estéril.
Triunfa da morte e, para adiante desta vida de provas e de males, abre ao Espírito as perspectivas radiosas de um progresso sem limites na Imortalidade.
Diz a todos: Venham a mim, eu os aquecerei, os consolarei, tornarei suas vidas mais doces, a coragem e a paciência mais fáceis, as provas mais suportáveis. Acharei com uma poderosa razão seus obscuros e tortuosos caminhos. Àqueles que sofrem darei a Esperança; aos que buscam, darei a Luz; aos que duvidam e desesperam darei a Certeza e a Fé.
Diz ainda << Sejam irmãos, ajudem-se, socorram-se em sua marcha coletiva. Seus objetivos estão além desta vida material e transitória; será nesse porvir espiritual que vocês se reunirão como membros de uma só família, ao abrigo das preocupações, das necessidades e dos inúmeros males. Mereçam-no então por seus esforços e seus trabalhos! >>
A Humanidade se erguerá grande e forte no dia em que esta Doutrina, fonte infinita de consolações, for compreendida e aceita. Nesse dia,  a inveja e a raiva se extinguirão no coração dos pequeninos; o poderoso, compreendendo que tem sido fraco, e que pode redimir-se, que sua riqueza é apenas um empréstimo do alto, tornar-se-á mais caridoso e mais doce com seus irmãos infelizes.
A ciência, concluída, fecundada pela nova filosofia, verá cair diante dela as superstições e trevas .
Não mais ateus e céticos.
Uma fé simples, grande, fraterna, se estenderá sobre as nações, fazendo cessar seus ressentimentos e suas rivalidades profundas.
A Terra, liberta dos flagelos que a devoram, prosseguirá na ascensão moral, elevar-se-á um degrau na escala dos mundos."

Léon Denis

( Texto extraído do livro "O Porquê da Vida", de Léon Denis )

O PROGRAMA E PLANEJAMENTO DA REENCARNAÇÃO


"Temos falado das programações elaboradas no Mundo Espiritual para cada vida que iniciamos na Terra. Tais projetos envolvem complexidades que mal podemos imaginar, tais como pesquisas do passado, avaliação de possibilidades futuras, identificação e localização de pessoas com as quais devam se negociadas futuras atividades, atento exame de condições sob as quais os Espíritos programados para uma tarefa coletiva tenham de renascer, como deverão ser encaminhados, que tendências estimular, desestimular ou combater, que virtudes enfatizar, que erros corrigir, até onde poderão suportar pressões corretivas, que problemas devem "ficar para mais tarde", em outras existências.
Enfim, é um mundo de imponderáveis, de incertezas e de probabilidades, nas quais inúmeras variáveis são postas em discussão e avaliação, a fim de armar-se um esquema viável, dentro do possível, ainda que nem sempre o ideal.
No entanto quantas vezes, depois de tudo equacionado e montado, os Espíritos vêm para carne e deixam de cumprir a parte que lhes toca e tudo se desarruma de novo!
Às vezes os compromissos perante a Lei são tão sérios que os Espíritos acham que não mais como retornar sobre os seus passos, a fim de reconstruir seus destroçados mundos íntimos.
Esquemas programados para serem superados acabam gerando situações insuperáveis.
É que por melhores que sejam as intenções que trazem os Espíritos, uma vez no corpo, mergulhados atrás do denso véu da carne, parece que as tendências negativas são reativadas e potencializadas e voltamos a cometer os mesmos enganos e a excitar o mesmo tipo de paixão que viemos precisamente para combater e dominar.
Renascemos para aprender a dominar a nós mesmos e voltamos a ceder ao impulso de dominar os outros.
O problema consiste em que trazendo ainda mais ou menos intactas persistentes matrizes do mal, a que nos acostumamos, nosso programa de vida começa, imperceptivelmente, a desviar-se.
Antigos comparsas insistem em arrastar-nos de volta ao crime, aos desatinos dos sentidos, à bebida, à irresponsabilidade.
Acresce que se torna mais fácil encontrar aquele que reacende em nós antigas paixões, que estão adormecidas sobe as cinzas, do que o companheiro mais experimentado e consciente.
Fica sempre a alternativa de buscar os Evangelhos, as inspirações de que necessitamos para encontrar o rumo certo e nele nos mantermos.
O mal contemporiza e se acomoda; o Evangelho não.
Qual a motivação de tudo isso?
Uma só: o medo da dor.
Fomos valentes para errar, mas somos covardes para enfrentar as consequências do erro.
Retornamos a um mundo onde é muito mais fácil e atraente deixarmo-nos levar pela acomodação com o equívoco do que resistir ao envolvimento e viver com bravura uma existência, senão austera e severa, pelos menos razoavelmente decente e contida."

Hermínio C. Miranda

( Texto extraído do livro "Nossos Filhos são Espíritos", de Hermínio C. Miranda )

quarta-feira, 12 de março de 2014

OS PRINCÍPIOS DO ESPIRITISMO


"Em resumo, os princípios que decorrem do Espiritismo, princípios ensinados pelos Espíritos desencarnados - em muito melhor posição do que nós para discernir a verdade - são os seguintes:

"Existência de Deus, Inteligência Diretriz, Lei Vivente, Alma do Universo, Unidade Suprema, Foco Imenso das Perfeições de onde se irradia e expandem no Infinito todas as potências morais: Justiça, Sabedoria e Amor!
Imortalidade da alma, essência espiritual que encerra, no estado de germe, todas as faculdades, todos os poderes, elevando-se por existências sucessivas, de degrau em degrau, até a perfeição.
Comunicação dos vivos com os mortos; ação recíproca de uns sobre os outros: permanência das relações entre os dois mundos, solidariedade de todos os seres idênticos na sua origem e nos seus fins, diferentes somente pela sua situação transitória: uns no estado de Espírito, livres nos espaço, os outros, revestidos de um envelope perecível, mas passando alternadamente de um estado ao outro, a morte não sendo senão um período transitório entre duas existências terrestres.
Progresso infinito, Justiça Eterna, sanção moral, a alma tendo liberdade nos seus atos é responsável, cria para si mesma seu porvir; segundo seu estado normal, os fluidos grosseiros ou sutis que compõem o perispírito, e que tem sido atraídos para ela por seus hábitos e tendências; esses fluidos, submetidos à lei universal de atração e gravidade, a arrastam para os globos inferiores, para os mundos de dor, onde ela sofre, expia, resgata o passado, ou para onde a matéria tem menos supremacia, onde reinam a harmonia e a felicidade.
A alma, na sua vida superior e perfeita, colabora com Deus, forma os mundos, dirige sua evoluções, vigia o progresso das humanidades, o cumprimento das leis eternas.
Tais são os ensinamentos que o Espiritismo experimental nos trás. Não são outros que os do Cristianismo primitivo, desapegado dos dogmas, das falsas interpretações, dos erros, sob os quais o homem tem ocultado, mantido irreconhecível, a filosofia do Cristo."

Léon Denis

( Texto extraído do livro "O Porquê da Vida", de Léon Denis ) 

O JUSTO VALOR DAS COISAS DA TERRA


"Que serão então para a sua alma purificada e engrandecida, as sombras e os cuidados do presente?
Acidentes efêmeros de nosso curso, não deixarão, no fundo de nossa memória, mais do que tristes ou doces lembranças.
Diante dos horizontes infinitos da imortalidade, os males do presente, as provas sofridas serão como uma nuvem fugitiva no meio de um céu sereno.
Meça então, em seu justo valor, as coisas da Terra.
Não as desdenhe, sem dúvida, porque são necessárias ao progresso, e sua missão é de contribuir para o seu aperfeiçoamento pelo aperfeiçoamento de si mesmo; antes de tudo, procure os ensinamentos que trazem.
Por eles, você compreenderá que os objetivos da vida não são os gozos, nem a felicidade, mas, acima de tudo, uma forma de trabalho, de estudo e de cumprimento do dever, o desenvolvimento da alma, da personalidade que você reconhecerá além da tumba, tal qual a tem estado talhando, no curso da existência terrestre.
Sua consciência, desapegada das sombras materiais, se vestirá como um juiz, representante de Deus, perguntando:
"Que fez da vida? E responderá: - << Tenho lutado, sofrido, amado, ensinado o bem, a verdade, a justiça; tenho dado a meus irmãos o exemplo de retidão, da doçura; tenho socorrido aqueles que sofrem, consolado os que choram. E agora, que o Eterno me julga, eis-me aqui em Suas mãos!>>"

Léon Denis

( Texto extraído do livro "O Porquê da Vida", de Léon Denis )

O PORQUÊ DA VIDA


"O que importa ao homem saber, acima de tudo é: o que ele é, donde vem, para onde vai, qual o seu destino. As idéias que fazemos do Universo e de suas leis, da função que cada um deve exercer sobre este vasto teatro, são de importância capital. Por ela dirigimos nossos atos. Consultando-as, estabelecemos um objetivo em nossas vidas e para ele caminhamos. Para as coletividades, como para o indivíduo, é a concepção do mundo e da vida que determina os deveres, fixa o caminho a seguir e as revoluções a adotar.
Tem-se o instinto do progresso, pode-se caminhar mas, para chegar aonde? O homem, ignorante de seus destinos, é semelhante a um viajante que percorre maquinalmente um caminho sem conhecer o ponto de partida nem o da chegada, sem saber porque viaja e que, por conseguinte, está sempre disposto a parar ao menor obstáculo, perdendo tempo e descuidando-se do objetivo a atingir.
Se a vida estivesse circunscrita ao período que vai do berço à tumba, se as perspectivas da imortalidade não viessem esclarecer a sua existência, o homem não teria outra lei, senão a de seus instintos, apetites e gozos.
O egoísmo, bem compreendido, seria a suprema sabedoria.
A negação da vida futura suprime também toda sanção moral.
Se tudo terminasse com a morte o ser não teria nenhuma razão de se constranger, ou conter seus instintos e seus gostos.
O bem e o mal, o justo e o injusto se confundiriam igualmente e se misturariam no nada. E o suicídio seria sempre um meio de escapar aos rigores das leis humanas.
A crença no nada, ao mesmo tempo que arruína toda sanção moral, deixa sem solução o problema da desigualdade das existências, naquilo que toca à diversidade das faculdades, das aptidões, das situações e das mentes.
A imortalidade se assemelha a uma cadeia sem fim e se desenvolve para cada um de nós na imensidade dos tempos. Cada existência é um elo que religa, na frente e atrás, a elos distintos, a vidas diferentes, mas solidárias entre si. O presente é consequência do passado e preparação para o futuro.
De degrau em degrau, o ser se eleva e cresce.
Artesã de seu próprio destino, a alma humana, livre e responsável, escolhe o caminho e, se este caminho é mau, as quedas que advirão, as pedras e os espinhos que a dilacerão , terão o efeito de desenvolver a sua experiência e esclarecer a sua razão nascente."

Léon Denis

( Texto extraído do livro "O Porquê da Vida", de Léon Denis )

PRECE DE AGAR


"Pai de Infinita Bondade,
Sustenta-nos o coração no caminho que nos assinalastes.
Infunde-nos o desejo de ajudar àqueles que nos cercam, dando-lhes das migalhas que possuímos para que a felicidade se multiplique entre nós.
Dá-nos a força de lutar pela nossa própria segurança, nos círculos de trabalho em que fomos situados, por teus sábios desígnios.
Auxilia-nos a conter nossas próprias fraquezas, para que não venhamos a cair nas trevas, vitimados pela violência.
Pai, não deixeis que a alegria nos enfraqueça e nem permitas que a dor nos sufoque.
Ensina-nos a reconhecer Tua Bondade em todos os acontecimentos e em todas as coisas.
Nos dias de aflição, faze-nos contemplar Tua Luz, através de nossas lágrimas, e, nas horas de reconforto, auxilia-nos a estender Tuas Bençãos com os nossos semelhantes.
Dá-nos conformação no sofrimento, paciência no trabalho e socorra-nos nas tarefas difíceis.
Concede-nos, sobretudo a graça de compreender a Tua vontade, seja como for, onde estivermos, a fim de que saibamos servir em Teu nome e para que sejamos filhos dignos de Teu Infinito Amor."
Assim Seja.

Agar

( Mensagem psicografada por Chico Xavier )

PRECE DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS


Composta em versos, por Malvina Dolabella:

"Atende-me, Senhor,
Torna-me, entre os mortais, um instrumento da Tua grande Paz!
Onde a ofensa existir, que eu coloque o perdão.
Onde o ódio raivar, dá que eu possa, Senhor, deixar em seu lugar um sorriso de amor!
Onde houver discórdia, eu proponha a união.
Onde o erro gritar, com toda a mansidão, eu ensina a Verdade!
E ao ouvir duvidar, mostre o esplendor da Fé que nos leva a Te amar!
Que ao que desesperar - náufrago sem confiança -, mostre o luzeiro incomparável da esperança!
Torne as trevas em luz, tristeza em alegria.
E que chegue, afinal, aquele grande dia...
( Graças a Ti, Senhor, o dia há de chegar! )
Em que eu console, sem ser consolado.
Em que eu compreenda mais que seja compreendido.
Ame, sem procurar saber se sou amado. 
Porque é sempre no dar que tudo se recebe, o que de outrem matou a sede - é o que mais bebe, ao esquecermos de nós - é que nos encontramos.
E o perdão só nos vem...quando também perdoamos!
E esperarei a morte a sorrir, convencido, que só depois da morte...é que se conhece a Vida!"

( Texto extraído do livro "Nossos Filhos são Espíritos", de Hermínio C. Miranda )

A FINALIDADE DA DOR


"A dor, a desarmonia, o desajuste são situações transitórias.
A Lei Divina prevê para todos nós um estado final de felicidade permanente e, por isso, tornou-se imperioso decretar, simultaneamente, a transitoriedade do sofrimento.
Não há sofrimento eterno em nenhum recanto do Universo, há seres que sofrem por um espaço maior ou menor de tempo, conforme a natureza de seus equívocos e na razão direta do esforço que procuram fazer para ajustar-se às Leis Cósmicas desrespeitadas e que tudo prevêem e provêem para que se realize o objetivo da paz interior.
Algumas religiões costumam chamar isto de salvação.
O nome não importa, e sim a verdade nele contida.
O ser humano não é criado para a desgraça, para o desamor, o sofrimento, a angústia, e sim para a felicidade.
Toda a Legislação Cósmica converge para esse fulcro luminoso.
Não haveria o menor problema em lá chegarmos todos, no tempo certo, se entendêssemos que as Leis Divinas não operam contra nós e sim a nosso favor.
E é precisamente por isso, ou seja, porque estão programadas para nos levarem aos últimos patamares da perfeição espiritual que elas contêm apropriados dispositivos para promover a correção de rumos em nossos roteiros evolutivos, sempre que enveredamos por atalhos.
De que outra maneira iria a "Inteligência Suprema" - que foi como os Espíritos caracterizaram, sem definir a Divindade - guiar nossos passos, senão criando leis que nos trazem de volta ao caminho certo sempre que nossas paixões nos levam ao transviamento dos atalhos.
Rebelar-se contra o medicamento previsto para nossas mazelas resulta inevitavelmente em agravá-las.
A Lei está sendo, em tais oportunidades, generosa e compassiva, nunca mesquinha, dura, irreversível ou vingativa.
O que ela está fazendo é oferecer-nos a tão sonhada oportunidade de recuperação, de refazimento, de purificação, pela qual, paradoxalmente, ansiamos."

Hermínio C. Miranda

( Texto extraído do livro "Nossos Filhos são Espíritos", de Hermínio C. Miranda )