ALLAN KARDEC

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A AMIZADE E A PRECE


"Deus, criando as almas, não fez diferença entre elas.
Que essa igualdade de direito entre as almas serve de princípios à amizade, que não é outra coisa senão a unidade nas tendências e nos sentimentos.
A verdadeira amizade não existe senão entre os homens virtuosos que se reunem sob a proteção do Todo-Poderoso para se encorajarem reciprocamente no cumprimento dos seus deveres.
Todo coração verdadeiramente cristão possui o sentimento de amizade; ao contrário, essa virtude acha no egoísmo das almas  viciosas a dificuldade imprevista que, semelhante à semente caída sobre a rocha árida, se torna infecunda para o bem.
Cercai vossa alma da muralha protetora de uma prece cheia de fé, a fim de que o inimigo, seja interior, seja exterior, não possa ali penetrar.
A prece eleva o Espírito do homem pra Deus, liberta-o de todas as inquietações terrestres, transporta-o num estado de tranquilidade, de paz, que o mundo não podeira lhe oferecer.
Quanto mais a prece é confiante e ferverosa, melhor é escutada e mais agradável é a Deus.
Quando a alma do homem, inteiramente penetrada de um santo zêlo, se lança para o Céu na íntima e ardente prece, então os inimigos interiores, quer dizer, as paixões do homem, e os inimigos exteriores, quer dizer, os vícios do mundo, são impotentes para forçar as muralhas que o protegem.
Homens, orai a Deus com toda confiança, do fundo do coração, com fé e verdade."
( Sociedade Espírita de Viena, na Áustria )


( Texto extraído da "Revista Espírita", Junho de 1863, de Allan Kardec )

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