ALLAN KARDEC

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O ARREPENDIMENTO


"O arrependimento eleva para Deus; é-lhe mais agradável do que a fumaça dos sacrifícios e mais precioso do que o incenso espalhado nos adrios sagrados.
Semelhante às tempestades que transtornam o ar purificando-o, o arrependimento é um sofrimento fecundo, uma força reativa e atuante.
Jesus santificou a sua virtude, e as lágrimas da Madalena se derramaram como um orvalho sobre os corações endurecidos, que ignoram a graça do perdão.
A soberana virtude proclama o poder do arrependimento, e os séculos repercutiram a palavra do Cristo, enfraquecendo-o.
Chegou a hora em que o Espiritismo deve rejuvenescer e vivificar a própria essência do Cristianismo.
Apagai, pois, em toda parte e sempre, a cruel sentença que despoja de toda esperança a alma culpada.
O arrependimento é uma virtude militante, uma virutde viril, que só os Espíritos avançados ou os corações ternos podem sentir.
O remorso momentâneo e pungente de uma falta não leva com ele a expiação que dá o conhecimento da justiça de Deus, justiça rigorosa em suas conclusões, que aplica a lei de talião à vida moral e física do homem, e o castigo pela lógica dos fatos decorrentes do bem ou do mau uso de seu livre arbítrio.
Amai aqueles que sofrem, e assisti o arrependimento, que é a expressão e o sinal que Deus imprimiu em sua criatura inteligente, para elevá-lo e aproximá-lo de si."
( João, discípulo )

( Texto extraído da "Revista Espírita", julho de 1863, de Allan Kardec )

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