ALLAN KARDEC

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A ALMA NO MOMENTO DA MORTE


A VOLTA DA ALMA Á VIDA ESPÍRITUAL

"Tomemos a alma ao sair deste mundo.
Extinguindo-se as forças vitais, o Espírito se desprende do corpo no momento em que cessa a vida orgânica, a separação, porém, não é brusca e instantânea. Começa, algumas vezes, antes da cessação da vida; não é sempre completa no instante da morte.
Entre o Espírito e o corpo há um laço semimaterial que constitui um primeiro invólucro; ele não se rompe subitamente, e, enquanto subsiste, o Espírito fica num estado de perturbação, que pode ser comparado ao que sucede ao despertar; muitas vezes, mesmo, ele duvida da morte. sente que existe e não compreende que possa viver sem o corpo, de que se vê separado; os laços que o unem à matéria o tornam, mesmo, a certas sensações físicas.
O Espirito só se reconhece, depois de completamente livre: até aí ele não conhece perfeitamente a sua situação.
A duração deste estado de perturbação é variável; pode ser de algumas horas ou de muitos anos, mas é raro que, ao fim de alguns dias, ele não se reconheça, mais ou menos bem.
É preciso certo tempo para que se familiarizem com a nova maneira de perceber as coisas.
É solene o momento em que um deles vê cessar a sua escravidão pela ruptura do laço que retêm o corpo.
À entrada no mundo dos Espíritos ele é acolhido por amigos que o recebem, como de volta de penosa viagem.
Encontra os mortos amados, cuja perda lhe tinha sido cruciante pesar, e se a travessia foi feliz, proveitosa, é por eles felicitado pelo combate corajosamente sustentado.
Aos pais juntam-se os amigos que ele conheceu outrora e todos felizes e radiantes voam no éter infinito.
Começa, então, verdadeiramente para ele uma nova existência."

( Gabriel Delanne )

( Texto extraído do livro "O Espiritismo perante a Ciência", de Gabriel Delanne )

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