ALLAN KARDEC

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A IMORTALIDADE DA ALMA


"A lei de conservação exlcui rigorosamente a criação e a nulificação.
Temos de considerar tudo o que existe atualmente, matéria e força, como rigoramente eterno, o que muda é a forma. As palavras criação e destruição perderam o sentido primitivo; significam unicamente passagem de uma forma a outra. Quando um ser nasce ou um corpo se produz, diz-se que há criação; chama-se destruição ao desaparecimento desse ser ou desse corpo, mas a matéria e a força que o formaram nenhuma alteração experimentaram e prosseguem o curso de suas metamorfoses infinitas.
A alma inteligente conserva a substância de sua forma etérea, que é imperecível, do mesmo modo que a matéria.
Em suma, que é o que desaparece?
Não é a matéria, é a forma que individualiza essa matéria.
Essa matéria primordial, que a alma se acha individualizada, constitue a base do universo físico, gozando do mesmo estado de perenidade o perispírito, que dela é formado.
Por outro lado, a alma é indivisível.
A alma se encontra unida à substância perispíritica, que coisa alguma pode destruir.
Somente a vontade o pode modificar, não, porém, mudando-lhe a substância, mas expurgando-a dos fluidos grosseiros de que se satura no começo de sua evolução.
É a grande lei do progresso, que tem por fim depurar essa massa, despoja esse diamante, a alma, da ganga impura que a contém.
As vidas múltiplas são o cadinho purificador.
A cada passagem por ele, o Espírito sai do invólucro corpóreo mais purificado e, quando há vencido as contigências da matéria, acha-se liberto das atrações terrenas e desfere o vôo para outras regiões menos primitivas.
Nesse mundo do espaço, nesse meio imponderável, onde vibra toda gama de fluidos, um único poder existe soberano: o da vontade.
Sob sua ação potente a matéria fluídica se lhe curva a todas as fantasias.
A alma que se haja tornado bastante sábia para os manipular realiza tudo o que lhe possa aflorar à imaginação, não passando as formas terrestres de pálidos reflexos de tudo isso."

( Gabriel Delanne )

( Texto extraído do livro "A Alma é Imortal", de Gabriel Delanne )

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