ALLAN KARDEC

domingo, 11 de maio de 2014

COMO CONVERSAR COM DEUS


"A prece é uma conversa com Deus, e conversa não precisa de fórmulas, ritos ou posturas especiais.Com Deus, o relacionamento se concretiza como de maior intimidade. Quem melhor do que Ele para nos conhecer, saber de nossas mazelas, necessidades e potencialidades? Do mais alto nível deve ser o respeito no trato com Ele.
Também o Cristo orava com frequência.
A prece é o fio invisível de nossa ligação com Deus.
O recurso da prece está sempre à nossa disposição, em qualquer lugar, momento ou situação. Não precisa nem mesmo ser verbalizada em voz alta, basta ser pensada.
Ora, cada um, dentro do contexto de suas crenças e costumes, judeus, mulçumanos, cristãos, espíritas, budistas. Só há um Deus, Pai de todos nós, o que nos faz membros de uma só família universal e, portanto, irmãos e irmãs.
A prece, tem contudo, algumas particularidades para as quais precisamos estar preparados.
Muitas vezes elas são atendidas exatamente por que não são, aparentemente, atendidas. Pode bem acontecer que, se obtivéssemos aquilo que pedimos, seríamos prejudicados e não beneficiados.
A prece não deve ser transformada em petitório, como se Deus estivesse à nossa disposição para atender a qualquer capricho fútil. Ela constitui um processo através do qual somos fotalecidos para as lutas que nos aguardam, não um recurso para a gente ganhar na loteria ou conseguir que os obstáculos sejam removidos de nossos caminhos.
A Deus se pede com humildade e confiança.
A prece é entendimento direto entre o ser humano e Deus ou com um Espírito Superior em quem a gente confia - o Cristo, por exemplo - basta abrir o coração e deixá-lo falar, numa conversa franca, leal, respeitosa e recolhida. 
Não é preciso procurar palavras difícieis.
Não se envergonhe da sua linguagem com Deus - Ele o entenderá perfeitamente, e quanto mais singela e humilde, melhor, porque é o sentimento por trás dela que vale, não as "palavras bonitas".
Jesus não se preocupou em ensinar preces específicas, a única que nos deixou foi o Pai Nosso.
Quanto ao mais que disse Ele?
Que quando tivéssemos de orar, entrássemos para o quarto, e em segredo, nos dirigíssemos a Deus.
Que era preciso bater para se abrissem para nós as portas.
Se conseguiremos ou não o que pedimos, é outra coisa. Nem sempre aquilo que pedimos é o que mais convém ao nosso Espírito.
Segundo o Cristo, Deus não nos dará pedra se lhe pedirmos pão, mas como Pai prudente, "recusa ao filho o que for contrário ao interesse deste", conforme disseram os instrutores ao prof. Rivail.
Orar, não é, pois, um obrigação enfadonha, da qual temos de nos livrar diariamente.
È aquele momento especial em que ligamos nossas tomadas espirituais no grande reservatório de energia cósmica."

Hermínio C. Miranda

( Texto extraído do livro "Nossos Filhos são Espíritos", de Hermínio C. Miranda )

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