ALLAN KARDEC

quarta-feira, 9 de julho de 2014

AMAI-VOS E INSTRUÍ-VOS


"Parece-me sugestivo que a obra central do Pentateuco Kardequiano se denomine: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" ( Allan Kardec - 1864 - Ide ), onde as duas primeiras (OLE e OLM) e as duas últimas (OCI e AGE) encontram seu alicerce seguro no centro equilibrador de tudo, no Evangelho de Jesus, onde o Espiritismo está a cumprir a promessa Dele mesmo de nos enviar "O Consolador, o Espírito de Verdade" que haveria de recordar tudo o que Ele mesmo havia dito e feito e que ficaria eternamente conosco.
Entretanto, em nosso meio, ainda se fazem presentes os que, enganosamente, pretendem um Espiritismo Laico, ou seja um Espiritismo apenas Científico que subentende, no máximo um Espiritismo Filosófico, desprezando-se o seu aspecto Moral, ou, noutros termos: Religioso. Tais elementos parecem ignorar importantes revelações espiritistas, e, inclusive, do "Espírito de Verdade", aquele mesmo da citação de Jesus, que, no referido "Evangelho" da centralização kardequiana, adverte:
"Espíritas! AMAI-VOS, eis o primeiro ensinamento: instruí-vos, eis o segundo". )Vide: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" - 1864 - Ide).
E nada me parece tão evidente: o primeiro ensinamento: "AMAI-VOS"!; e, quanto ao secundário, temos: "Instruí-vos". Ou seja, o Espiritismo não despreza o estudo, o conhecimento, e tanto é que sua harmonia doutrinária tem aspecto não só tríplice, de Ciência, Filosofia e Religião: mas sim: multíplice, ao proclamar que "O Espiritismo e a Ciência se completam mutuamente", (Vide: "A Gênese - Allan Kardec - 1868 - Feb), alçando sua natureza gnosiológica e epistemológica ao infinito; o que não quer dizer que o mesmo despreze as normas evangélicas preconizadas pelo Mestre Nazareno.
Muito pelo contrário, o Espiritismo as coloca em primeiro plano na síntese contida no verbo "Amar", solicitando-nos: "AMAI-VOS", precedendo o "Instruí-vos". De modo que, nada me parece tão evidente e tão claro, fazendo-me recordar as palavras do quinto evangelista que pelo sábio conúbio com Xavier, anotava:
"Sim, efetivamente, é indispensável romper com as alianças da queda e assinar o pacto da redenção". (Vide: "Caminho, Verdade e Vida" - Emmanuel - Feb).
E quando vejo os cientificistas do Espiritismo pretendendo o Laicismo para o mesmo, noto, claramente, que tais elementos ainda não romperam "com as alianças da queda" que se traduz pelo desamor, pela rebeldia, pela desordem, pela falta de sintonia com a Lei, ausentes que estão, ainda, do "pacto de redenção" que se nos mostra pelo Amor, pelo Perdão, pela Obediência, pela Ordem, regras de sintonia com a Lei que, incansavelmente, nos exorta o bom viver contido na boa nova do Evangelho Redentor.
Tais elementos não são espíritas verdadeiros, do real sentido da palavra, nos fazendo recordar Allan Kardec que propunha haver pelos menos três categoria de tais:
1-Os que crêem pura e simplesmente nos fenômenos, mas deles não retiram qualquer consequência moral;
2-Os que percebem o seu alcance moral, mas os consideram bons para os outros e não para si mesmos; e
3-Os que aceitam pessoalmente todas as consequências da Doutrina e que a praticam ou se esforçam pela sua vivência moral.
E concluíra o Codificador:
"Estes (os da alínea três) vós bem o sabeis, são os espíritas praticantes, os verdadeiros espíritas".(Vide: "Viagem Espírita" - 1862 - Wallace Rodrigues - Casa Edit. O Clarim).
Todavia, não nos esqueçamos de que o Espiritismo, na correta e precisa condição de Cristianismo  Redivivo, conta ainda e tão só com 150 anos no Mundo, e, portanto, conta com toda uma eternidade pela frente a nos ensinar com seus métodos redentores sua verdadeira e real feição doutrinária:
A de nos reconduzir ao Pai de que um dia nos ausentamos; mas tão só seremos vitoriosos:
Pelo Amor, pelo Perdão, pela Obediência, pela Ordem, métodos, pois, de Sintonia com a Lei e não ausente dela.

Fernando Rosemberg Patrocínio
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