ALLAN KARDEC

quarta-feira, 9 de julho de 2014

O ADOLESCENTE E A SUA SEXUALIDADE


"Na adolescência, o despertar da sexualidade é como o romper de um dique, no qual se encontram represadas forças incomensuráveis, que se atiram, desordenadas, produzindo danos e prejuízos em relação a tudo quanto encontram pela frente.
A sociedade contemporânea encontra-se em grave momento de conduta em relação ao sexo, particularmente na adolescência.
A orientação sexual sadia é a  única alternativa para o equilíbrio na adolescência, como base de segurança para toda a reencarnação.
Sem dúvida, o sexo faz parte da vida física, entretanto, tem implicações profundas nos refolhos da alma.
O conhecimento do corpo, a fim de assumir-lhe os impulsos, propele o adolescente para a promiscuidade, a perversão, os choques que decorrem das frustações, caso não esteja necessariamente orientado para entender o complexo mecanismo da função sexual, particularmente nas suas expressões psicológicas.
Aos pais cabe a tarefa educativa inicial.
Reunindo-se em grupos para intercâmbio de opiniões e experiências de curiosidade, os adolescentes ficam à mercê de profissionais do vício, que os aliciam mediante as imagens da mídia perversa e doentia ou da prostituição, para atender àqueles impulsos orgânicos ou de viciação mental, em relacionamentos rápidos quão insatisfatórios.
A questão da sexualidade merece tratamento especializado, conforme exige a própria vida.
O ser humano não é somente um animal sexual, mas também racional, que desperta para o comando dos instintos sob o amparo da consciência.
O sexo orientado repousa e se estimula na aura do amor que lhe deve constituir o guia seguro para equacionar todos os problemas que surgem e preservá-lo dos abusos que alucinam.
Sexo sem amor é agressão brutal na busca do prazer de efêmera duração e de resultado desastroso, por não satisfazer e nem acalmar.
Tendo-se em vista a permuta de hormônios e o fenômeno biológico procriativo, o sexo deve receber orientação digna e natural, sem exagero de qualquer natureza ou limitação absurda, igualmente desastrosa.
A força não canalizada, deixada em desequilíbrio, danifica e destrói, seja ela qual for.
Desse modo, na fase de irupção da adolescência e dos órgãos secundários, impõe-se o dever de completar-se a orientação do sexo que deve ser iniciada na infância, de forma que o jovem se dê conta que o mesmo existe em função da vida e não esta como instrumento dele."

Joanna de Ângelis

( Texto extraído do livro "Adolescência e Vida", de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco )

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