ALLAN KARDEC

domingo, 3 de março de 2013

A MORTE E AS PROVAÇÕES


"A que se reduz a idéia da morte?
A morte mais não é que uma transformação.
A morte é só aparente; somente muda a forma exterior, a alma fica em sua unidade, indestrutível.
Esta se acha, além do túmulo, na plenitude de suas faculdades, com todas as aquisições com que se enriqueceu durante as suas existências terrestres: luzes, aspirações e potências.
São as únicas riquezas que poderemos levar conosco e utilizar na vida futura.
Quando chega o declínio da vida, feliz quem nessa hora puder dizer: meus dias foram bem preenchidos!
Feliz aquele que aceitou as suas provas com resignação e suportou-as com coragem!
Bendirão os sofrimentos que suportaram e verão sem receio aproximar-se o momento da morte.
Adeus sombrios fantasmas da Teologia.
Chegou a vez da esperança e da vida eterna!
O Espírito, depois de completar a sua obra, lança-se a uma vida mais elevada, para essa vida espiritual que sucede à vida corpórea.
Firmes nestes principios, não mais temeremos a morte, ousaremos encará-la sem terror.
Nas horas de provação, nessas horas de dúvida e de angústia, uma voz vem até nós e diz-nos: sofre para te engrandeceres, para te depurares!
Fica sabendo que teu destino é grande.
Esta terra fria não é teu sepulcro.
Os mundos que brilham no âmbito do céu são tuas moradas futuras, a herança que Deus te reserva.
Tu és para sempre cidadão do Universo; pertences aos séculos passados como aos futuros, e, na hora atual preparas a tua elevação.
Suporta, pois, com calma, os males por ti mesmo escolhidos.
Semeia na dor e nas lágrimas o grão que reverdecerá em tuas próximas vidas.
Semeia também para os outros assim como semearam para ti!
Ser imortal, caminha com passo firme sobre a vereda escarpada até as alturas de onde o futuro te aparecerá sem véu!
A ascensão é rude, e o suor inundará muitas vezes o teu rosto, mas, no cimo, verás brilhar a grande luz, verás despontar no horizonte o Sol da Verdade e da Justiça!"

( Léon Denis )

( Texto extraído do livro "Depois da Morte", de Léon Denis )

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