ALLAN KARDEC

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A HIPOCRISIA



"Deveria haver, sobre a Terra, dois campos bem distintos: os homens que fazem o bem abertamente e aqueles que fazem o mal abertamente. Oh bem! Não. O homem não é mesmo franco no mal; ele aparenta a virtude. Hipocrisia! Hipocrisia! Deusa poderosa, quantos tiranos elevaste! Quantos ídolos fizeste adorar! O coração do homem é verdadeiramente muito estranho, uma vez que pode bater estando morto, uma vez que pode amar em aparência a honra, a virtude, a verdade, a caridade! O homem, cada dia, se prosterna diante dessas virtudes, e cada dia ele falta com a palavra, cada dia despreza o pobre e o Cristo; cada dia ele mente, cada dia ele é falso!
Quantos homens parecem honestos pela aparência que frequentemente engana!
Cristo chamou-os sepulcros brancos, quer dizer, a podridão por dentro, o mármore por fora brilhando ao sol.
Homem! Tu parece efetivamente com essa morada da morte, e enquanto teu coração estiver morto, Jesus não inspirará mais; Jesus, esta luz divina que clareia exteriormente, mas que ilumina interiormente.
A hipocrisia é o vício da vossa época, entendei-o bem; e quereis vos fazer grandes pela hipocrisia!
Em nome da liberdade, vos engrandeceis; em nome da moral vos embruteceis; em nome da verdade, mentis."
( Lamennais )


( Texto extraído da "Revista Espírita", Outubro de 1860, de Allan Kardec )

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