ALLAN KARDEC

sábado, 15 de setembro de 2012

OS ANJOS GUARDIÃES


"É uma doutrina que deveria converter os mais incrédulos pelo seu encanto e pela sua doçura: a dos anjos guardiães. Pensar que se tem, junto de si, seres que vos são superiores, que estão bem sempre aí para vos aconselhar, vos sustentar, para vos ajudar a escalar a áspera montanha do bem, que são amigos mais seguros e mais devotados que as mais íntimas ligações que se possa contrair, nesta Terra, não é uma idéia bem consoladora? Esses seres estão aí por ordem de Deus; foi ele quem os colocou junto de nós, e estão aí pelo amor dele, e cumprem, junto de nós, uma bela mas penosa missão. Sim, em qualquer parte que estejais, ele estará convosco: os calabouços, os hospitais, os lugares de deboches, a solidão, nada vos separa desse amigo que não podeis ver, mas do qual vossa alma sente os mais doces impulsos e ouve os sábios conselhos. Por que não conheceis melhor esta verdade! Quantas vezes ele vos ajudou nos momentos de crise, quantas vezes vos salvou das mãos dos maus Espíritos! Mas, no grande dia, esse anjo do bem terá frequentemente, a vos dizer: "Não te disse isso? E tu não o fizeste. Não te mostrei o abismo, e tu nele te precipaste; não te fiz ouvir na consciência a voz da verdade e não seguiste os conselhos da mentira?" Ah! questionai vossos anjos guardiães; estabelecei, entre ele e vós, essa ternura íntima que reina entre os melhores amigos. Não penseis em não lhes ocultar nada, porque são o olho de Deus, e não podeis enganá-los. Sonhai com o futuro, procurai avançar nesse caminho, vossas provas nele serão mais curtas, vossas existências mais felizes. Ide! homens de coragem; lançai longe de vós; caminhai, caminhai, tendes guias, segui-os: o objetivo é o próprio Deus.
...Estejai seguros que Deus não vos abandonou sózinhos na Terra, sem amigos e sem sustentação. Cada anjo guardião tem o seu protegido, sobre o qual ele vela, como um pai vela sobre seu filho; ele é feliz quando o vê seguir o bom caminho, e geme quando seus conselhos são desprezados..."
( São Luiz e Santo Agostinho )


( Texto extraído da Revista Espírita, Janeiro de l859, de Allan Kardec )

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