ALLAN KARDEC

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

PRECE PELOS DOENTES



PREFÁCIO. As doenças fazem parte das provações e das vicissitudes da vida terrena. Elas são próprias da imperfeição de nossa natureza física e da inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os excessos de toda ordem semeiam em nós os princípios das enfermidades, algumas vezes transmissíveis pela hereditariedade.
Nos mundos mais avançados física e moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos denso, não está sujeito às mesmas enfermidades que aqui experimentamos e o corpo não é minado silenciosamente pelos fluidos envenenados das paixões humanas. É necessário, portanto, que nos resignemos a suportar as consequências do meio em que nos coloca a nossa própria inferioridade espiritual, até que conquistemos o direito de passar para um mundo melhor. Isso não deve, porém, de impedir-nos de fazer o que de nós depende para melhorar a situação atual. Se, no entanto, apesar de nossos esforços, não pudermos fazê-lo, o Espiritismo nos ensina a suportar, com resignação, os nossos males passageiros.
Se Deus não quisesse que nossos sofrimentos físicos fossem curados ou aliviadas as enfermidades, em certos casos, ele não teria colocado os meios de cura à nossa disposição. A sua providêncial solicitude a esse respeito, ajustada ao nosso instinto de conservação, é um sinal de que é nosso dever procurar e aplicar esses meios de cura que se encontram ao nosso alcance.
Ao lado da medicação comum, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos levou a conhecer o poder de cura da ação fluídica. E o Espiritismo, por sua vez, nos veio revelar uma outra energia na mediunidade de cura e na influência benéfica da prece sobre a saúde humana.


PRECE ( A ser feita pelo próprio doente )


Senhor, sois todo justiça.
A doença que me enviastes, eu devo merecê-la, porque nunca fazeis alguém sofrer sem justos motivos.
Apresento-me, pois, para minha cura, diante de vossa infinita misericórdia.
Se for de vosso agrado me devolver a saúde, que o vosso santo nome seja bendito!
Se, pelo contrário, eu devo sofrer mais, bendito seja o vosso nome, também.
Eu me submeto aos vossos desígnios sem me queixar, porque tudo o que fazeis só pode ter por finalidade o bem de vossas criaturas.
Fazei, ó meu Deus, que esta efermidade seja para mim um aviso salutar e que me leve a examinar-me a mim mesmo, do ponto de vista moral.
Eu a aceito como uma expiação de meus erros do passado e como uma prova para a minha fé e para a minha submissão à Justiça Divina.


PRECE ( A ser feita para um doente )


Meu Deus, os vossos desígnios são impenetráveis pelos humanos!
Na vossa sabedoria, deixastes que uma enfermidade viesse afligir a..............( diz o nome do doente ).
Lançai, eu vos  suplico , um olhar de compaixão sobre  os sofrimentos dele e dignai-vos de  colocar um  final em suas dores.
Bons Espíritos, que sois ministros do Onipotente, secundai-me, eu vos peço, no meu desejo de aliviá-lo.
Dirigi meus pensamentos, a fim de que possam derramar-se como um bálsamo salutar sobre o corpo dele e que sejam uma consolação para a sua alma.
Inspirai-lhe a paciência e a submissão à Justiça Divina.
Dai-lhe forças para suportar as suas dores com resignação cristã, a fim de ele não perder o fruto desta prova.



( Texto extraído de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo XXVIII, itens 77, 78 e 79, de Allan Kardec )

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