ALLAN KARDEC

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O LIVRE-ARBÍTRIO NA VISÃO DE LÉON DENIS

A LIBERDADE, segundo o pensador espírita LÉON DENIS



"A liberdade é a condição necessária da alma humana que, sem ela, não pderia construir seu destino... Os druidas haviam-na formulado desde os primeiros tempos de nossa História. Esta expressa nas "Tríades" por estes termos: há tres unidades primitivas - Deus, a luz e a liberdade.
Á primeira vista, a liberdade do homem parece muito limitada no círculo da fatalidade que o encerra: necessidades físicas, condições sociais, interesses ou instintos. Mas, considerando a questão mais de perto, vê-se que esta liberdade é sempre suficiente para permitir que a alma quebre este círculo e escape às forças opressoras.
A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação; é a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem ela não seria ele mais do que um autômato, um joguete das forças ambientes: a noção de moralidade é inseparável da de liberdade.
A responsabilidade é estabelecida pelo testemunho da consciência que nos aprova ou censura segundo a natureza de nossos atos. A sensação do remorso é uma prova mais demonstrativa que todos argumentos filosóficos.
... Para todo Espírito....a Lei do dever brilha como um farol, através da névoa das paixões e interesses.
... O livre-arbítrio é, pois, a expressão da personalidade e da consciência. Para sermos livres é necessário querer sê-lo e fazer esforço para vir a sê-lo, libertando-nos da escravidão da ignorância e das paixões baixas, substituindo o império das sensações e dos instintos pelo da razão.
Isto só se pode obter por uma educação e uma preparação prolongada das faculdades humanas: libertação física pela limitação dos apetites; libertação intelectual pela conquista da verdade; libertação moral pela procura da virtude. É esta a obra dos séculos. Mas, em todo os graus de sua ascenção, na repartição dos bens e dos males da vida, ao lado da concatenação das cosias, sem prejuízo dos destinos que o nosso passado nos inflige, há sempre lugar para a livre vontade do homem."




( texto extraído do livro "O Problema do Ser, do Destino e da Dor", de Léon Deni, editora da FEB ).

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