ALLAN KARDEC

terça-feira, 26 de junho de 2012

A REENCARNAÇÃO - ALLAN KARDEC

A REENCARNAÇÃO - PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS


"O LIVRO DOS ESPÍRITOS", parte 2ª - capítulo IV


166. Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?
"Sofrendo a prova de uma nova existência."

a) - Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?
" Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso  necessário lhe é a prova da vida corporal."
b) - A alma passa então por muitas existências corporais?
" Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles."
c) - Parece resultar desse princípio que a alma então, reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender?
" Evidentemente "


167. Qual o fim objetivado com a reencarnação?
"Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?"


168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?
"A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal."


169. É invariável o número das encarnações para todos os Espíritos?
"Não; aquele que caminha depressa, a muitas provas se forra. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre muito numeroas, porquanto o progresso é infinito."


170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última encarnação?
"Espírito bem-aventurado; puro Espírito."



JUSTIÇA DA REENCARNAÇÃO



171. Em que se funda o dogma da reencarnação?
"Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão".

Nota de Allan Kardec:

"Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede  realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova. Não obraria Deus com equidade, nem de acordo coma Sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento. Se a sorte do homem se fixasse irregovavelmente depois da morte, não seria uma única balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria imparcialidade no tratamento que a todos dispensa.
A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste admitir para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e formar nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-lo indica e os Espíritos a ensinam. O homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na doutrina da reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele. Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a idéia de que aquela inferioridade não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado lhe será conquistá-lo. Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito? Entretanto essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência."

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