ALLAN KARDEC

terça-feira, 17 de julho de 2012

INTUIÇÃO DAS PENAS E DOS GOZOS FUTUROS

CONFORME "O LIVRO DOS ESPÍRITOS", LIVRO QUARTO, CAPÍTULO II, ITEM II, DE ALLAN KARDEC


960. De onde procede a crença, que se encontra em todos os povos, nas penas e recompensas futuras?
- É sempre a mesma coisa: pressentimento da realidade, dado ao homem pelo seu Espírito. Porque ficai sabendo, não é em vão que uma voz interior vos fala e vosso mal está em não escutá-la sempre. Se pensásseis bem nisso com a devida frequência vos tornaríeis melhores.
961. No momento da morte, qual o sentimento que domina a maioria dos homens: a dúvida, o medo ou a esperança?
- A dúvida para os céticos endurecidos; o medo para os culpados e a esperança para os homens de bem.
962. Por que há céticos, desde que a alma traz para o homem o sentimento das coisas espirituais?
- São em menor número do que supondes. Muitos se fazem de espírito forte durante esta vida por orgulho, mas no momento da morte não se conservam tão fanfarrões.
A consequência da vida futura se traduz na responsabilidade dos nossos atos. A razão e a justiça nos dizem que, na distribuição da felicidade a que todos os homens aspiram, os bons e os maus não poderiam ser confundidos. Deus não pode querer que uns gozam dos bens sem trabalho e outros só o alcancem com esforço e perseverança.
A idéia que Deus nos dá de sua justiça e de sua bondade, pela sabedoria de suas leis, não nos permite crer que o justo e o mau estejam aos seus olhos no mesmo plano, nem duvidar de que não recebam, algum dia, uma recompensa e outro o castigo, pelo bem e pelo mal que tiverem feito. É por isso que o sentimento inato da justiça nos dá a intuição das penas e das recompensas futuras.

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