ALLAN KARDEC

terça-feira, 17 de julho de 2012

O NADA E A VIDA FUTURA

CONFORME "O LIVRO DOS ESPÍRITOS", LIVRO QUARTO, CAPÍTULO II, ITEM I, DE ALLAN KARDEC


958. Porque o homem tem instintivamente, horror ao nada?
- Porque o nada não existe.
959. De onde vem para o homem o sentimento instintivo da vida futura?
- Já o dissemos: antes da encarnação o Espírito conhece todas essas coisas, e a alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual.
Em todos os tempos o homem se preocupou com o futuro de além-túmulo, o que é muito natural. Qualquer que seja a importância dada à vida presente, ele não pode deixar de considerar quanto é curta e sobretudo precária, pois pode ser interrompida a cada instante e jamais ele se acha seguro do dia de amanhã. Em que se tornará depois do instante fatal? A pergunta é grave pois não se trata de alguns anos mas da eternidade. Aquele que deve passasr longos anos num país estrangeiro se preocupa com a situação em que se encontrará no mesmo. Como não nos preocuparmos com o que teremos ao deixar este mundo, desde que o será para sempre?
A idéia do nada tem algo que repugna à razão. O homem mais despreocupado nesta vida, chegado o momento supremo pergunta a si mesmo o que será feito dele e involuntariamente fica na expectativa.
Crer em Deus sem admitir a vida futura seria um contra-senso. O sentimento de uma existência melhor está no foro íntimo de todos os homens e Deus não o pôs ali em vão.
A vida futura implica a conservação da nossa individualidade após a morte. Que nos importaria sobreviver ao corpo, se a nossa essência moral tivesse de perder-se n o oceano do infinito? As consequências disso para nós seriam as mesmas do nada.

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