ALLAN KARDEC

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O ESPÍRITO DE VERDADE



"Eu venho, como outrora entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas.
Escutem-me!
O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve relembrar aos incrédulos que, acima deles, reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar a planta e se levantarem as ondas dos mares.
Eu revelei a Doutrina Divina. Como ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso na Humanidade e disse: "Vinde a mim, vós todos que sofreis!".
Os homens ingratos, porém, se extraviaram do caminho reto e largo que conduz ao reino do meu Pai, perdendo-se pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana. Ele quer que vocês, em se ajudando uns aos outros, mortos e vivos, ou seja, mortos segundo a carne uma vez que a morte não existe, sejam amparados. Não ouvirão novamente as vozes dos profetas e dos apóstolos, mas a voz\daqueles que se foram, a clamar: Orem e creiam! A morte é a ressurreição, e a vida é a prova escolhida, durante a qual as virtudes que vocês cultivarem devem crescer e se desenvolver como o cedro.
Homens fracos, que reconhecem existir sombras em suas inteligências, não afastem a luz que a clemência divina lhes acende nas mãos, para clarear a sua rota e os reconduzir, quais filhos perdidos, ao regaço de seu Pai.
Sinto tocado de compaixão pelas suas misérias, pela sua imensa fraqueza, para deixar de estender-lhes a mão em socorro aos infelizes extraviados que , vendo o céu, caem nos abismos do erro. Creiam, amem, meditem sobre as coisas que lhes são reveladas.
Não misturem o joio com a boa semente, as fantasias com as verdades.
Espíritas! Amen-se, eis o primeiro ensinamento; instruam-se, eis o segundo. Todas as verdades se encontram nos Cristianismo; os erros que no Cristianismo se enraizaram são de origem humana.
Eis que do além-túmulo, que vocês acreditavam vazio, vozes clamam: "Irmãos! Nada perece! Jesus Cristo é o vencedor do mal, sejam vocês os vencedores da impiedade!" ( O Espírito de Verdade, Paris, 1860 )



( Conforme " O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo VI, item 5, de Allan Kardec )


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